CançõesCurtas

O corpo humano é quase todo água A estrutura deveria, ao menos  suspeitar de que está submetida a leis As águas, na Terra, fluem para se encontrar é lei natural A comunidade humana (espíritos aquosos) carece buscar congresso especialmente quando se lhe falta habilidade para executar ações no bem Se há demora no alistamento perde-se o fluxo bem como os benefícios das marés Há perigo de seca no corpo Confio, apesar do luto

Hoje o sol apartou-se de seu edredom Já passava das três Tarde fria, algum anestésico no ar A cortina, arte em corda e sossego Deixou passar um pouco da ternura Os gatos  há muito que se penduraram em ela E não voltaram mais O tempo, às vezes, oferece esta demão Não se vê pipas no céu E os pássaros estão quietos Estação de sabiá O verso tem cangalha no pescoço E limo nas sensações Um pária foi catado pela patrulha na madrugada Convidado a dormir em albergue Até emocionou o jeito de conversar Por sua querência Era ali, perto do limoeirinho  Que o pária ficava, até perto das três Tarde fria, algum analgésico no ar Já viram um poeta dar o atributo de açucarada à melancolia?